Ultimamente tenho visto e analisado tantas barbaridades por aí, e tenho criado tantos textos mentais a respeito, que resolvi voltar a escrever. Sei que esta é a milésima vez que digo isto, então não prometo nada... talvez exista uma milésima primeira.
Anyway, enquanto eu tiver tempo, fôlego e assunto para falar mal das pessoas, vou tentar escrever. Tempo e fôlego sempre estão em falta, mas assunto para falar mal, NÃO!
Na verdade, não falo mal das pessoas. Falo mal de comportamentos. É uma coisa que está acima da maldade, é tipo uma filosofia, entendem? Uma filosofia de vida que tenta dar mais EDUCAÇÃO para este bando de SEM NOÇÃO que compartilha conosco deste mesmo mundo-de-meu-deus.
Capítulo de hoje:
Nunca falarás sozinho enquanto trabalhas (ou enquanto os outros trabalham... ou enquanto os outros TENTAM trabalhar, seu SEM NOÇÃO).
Esta semana estava no escritório fazendo uns relatórios, quando a gerente da recepção sentou do meu lado e começou a fazer o horário das
peruas meninas para a próxima semana.
A cela O escritório deve ter - sem brincadeira - um metro quadrado de área. Então, imaginem, ela estava quase no meu colo. Sem contar o calor senegalês e o fato de eu ser obrigada a respirar os germes que ela havia acabado de liberar dos pulmões porque, claro,
aquele cubículo aquela sala não tem janelas. Como se não bastasse estar sob estas condições de cela solitária, de repente, a
infeliz fofa
começa a narrar tudo o que ela estava fazendo. Tipo Galvão Bueno, mas mais chato.
"Melanie... Monday afternoon, Lisa, Monday evening... Fine... Hum, print now... Let me check... What if..."
Gostaria mesmo de saber de onde vem a idéia de narrar o que se está fazendo. As pessoas pensam que é legal, divertido, interessante? As pessoas REALMENTE acham que eu me interesso pelo serviço EMOCIONANTE que elas estão realizando? Não passa pela cabeça delas que OUTRAS pessoas estão trabalhando e precisam de concentração? Se ela fosse ao banheiro fazer o no. 2, ela continuaria narrando o que estava fazendo?
Então resolvi colocar minha cabeça para funcionar para tentar aliviar o meu sofrimento e tive uma ideia genial: comecei a narrar também o que eu estava fazendo! Se isto resolveu o assunto? Adivinhem.
(resposta abaixo).
(não, claro que não resolveu. é a própria falta de noção de uma pessoa que faz com que ela continue sem noção. tipo bola de neve. mas eu continuarei com a minha batalha eterna de tentar educar o mundo. boa sorte para mim!)